O treinamento diário intensivo por um período limitado é melhor para crianças com dificuldades de leitura e escrita do que as mensalidades corretivas tradicionais oferecidas pelas escolas, revela novas pesquisas.
Universidade de Gotemburgo - Tradução: Equipe Alfabetização Diária
A formação diária intensiva durante um período limitado é melhor para crianças com dificuldades de leitura e escrita do que o ensino complementar tradicional oferecido pelas escolas, revela uma nova investigação da Universidade de Gotemburgo. Cerca de 5% das crianças em idade escolar na Suécia têm problemas em aprender a ler e a escrever devido a dificuldades com a decodificação de palavras.
Blocos de construção fonológica
“A maioria dos investigadores concorda que o problema subjacente é uma capacidade fonológica limitada, por outras palavras, uma consciência limitada dos sons que compõem as palavras faladas”, diz Ulrika Wolff, professora senior de educação no Departamento de Educação e Educação Especial da Universidade de Gotemburgo, e a pesquisadora por trás do estudo, o primeiro desse tipo na Suécia.
12 semanas de treinamento
O estudo viu mais de 50 crianças de 9 anos com problemas de leitura e escrita receberem 40 minutos de treinamento todos os dias, durante um total de 12 semanas, por educadores especialmente treinados da Universidade de Gotemburgo. Eles foram então comparados com um grupo equivalente que recebeu as aulas corretivas tradicionais oferecidas pelas escolas.
A formação incluiu exercícios intensivos e estruturados de compreensão do código alfabético. As crianças praticaram a relação de fonemas e grafemas (sons e letras), consciência fonológica, leitura orientada em voz alta e leitura em geral, o que serviu para fortalecer a fluência e a velocidade de leitura. No entanto, o programa rigoroso e baseado em pesquisa também incorporou espaço para criatividade, brincadeira e curiosidade.
Ação eficaz
Os resultados mostram que as crianças que participaram no programa de formação tiveram um desempenho significativamente melhor do que as crianças que receberam aulas de reforço tradicionais, e que o fizeram em todas as áreas testadas – decodificação de palavras, ortografia, velocidade de leitura e compreensão de leitura.
“O ensino estruturado e individual significou que estas crianças fizeram progressos significativos”, diz Wolff. “As dificuldades de leitura e escrita conduzem frequentemente à baixa autoestima e à baixa autoconfiança, o que pode tornar a aprendizagem da leitura ainda mais difícil para as crianças. É importante tomar medidas eficazes o mais cedo possível para quebrar este círculo vicioso.”
Sobre o estudo empregado
O estudo empregado é conhecido como RAFT (Treinamento de Leitura e Fluência Baseado na Consciência Fonêmica) é o primeiro desse tipo na Suécia e produziu resultados amplamente alinhados com os de pesquisas anteriores com crianças de língua inglesa, inclusive nos EUA. Um projeto de pesquisa de três anos viu 2.200 crianças de 9 anos serem examinadas, e pouco mais de 100 foram testadas individualmente. Metade foi posteriormente colocadas num grupo que recebeu formação individual, enquanto a outra metade constituiu o grupo de controle que recebeu o ensino padrão oferecido pelas escolas, por exemplo sob a forma de aulas de reforço.
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Até o próximo artigo.
Referências
University of Gothenburg. "Intensive training helps children with reading and writing difficulties." ScienceDaily, 4 October 2011.
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