Uma abordagem única ao trabalho de alfabetização precoce com famílias, onde as crianças desenvolvem as suas competências linguísticas e a sua capacidade de ler e escrever desde tenra idade, tem tido um enorme sucesso.
Conselho de Investigação Econômica e Social - Tradução: Equipe Alfabetização Diária.
Uma abordagem única ao trabalho de alfabetização precoce com famílias, onde as crianças desenvolvem as suas competências linguísticas e a sua capacidade de ler e escrever desde tenra idade, tem tido um enorme sucesso.
Investigadores da Universidade de Sheffield, financiados pelo Conselho de Investigação Econômica e Social (ESRC), planejaram inicialmente utilizar a abordagem com cerca de 60 famílias, mas descobriram que cerca de 6.000 tinham realmente se beneficiado do seu trabalho.
A professora Cathy Nutbrown, da Universidade de Sheffield, que liderou o projeto, partilhou a sua abordagem à literacia familiar com profissionais dos primeiros anos, incluindo funcionários de creches, professores, amas e unidades de apoio familiar, para os ajudar a planejar e avaliar o seu trabalho de literacia familiar.
Um relatório do National Literacy Trust, publicado em maio de 2012, concluiu que as crianças no Reino Unido têm maior probabilidade de não ter as competências básicas de leitura e escrita do que as crianças na Austrália ou no Canadá - embora o Reino Unido gaste 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) sobre prestações familiares relativas a crianças, em comparação com 1,2% nos EUA e 1,4% no Canadá.
A equipe de pesquisa de Sheffield desenvolveu ainda mais o projeto “Estrutura ORIM para aumentar o desempenho inicial na alfabetização” no final da década de 1990. O quadro centra-se em quatro elementos principais: oportunidades, reconhecimento, interação e modelos (ORIM). A chave do quadro é que ele destaca o papel dos pais e oferece ideias sobre como podem ajudar os seus filhos.
1. As oportunidades incluíam recursos para o envolvimento na alfabetização, como livros, materiais de escrita, e oportunidades de utilização para ver e discutir trabalhos impressos.
2. O reconhecimento mostrou aos pais os pequenos passos no progresso da alfabetização que os seus filhos estavam a dar para encorajar os seus esforços.
3. A interação delineou situações em que os pais poderiam envolver-se positivamente em atividades de alfabetização – escrever cartões de aniversário, recitar canções de ninar, ler histórias ou localizar imagens impressas na vizinhança.
4. A modelagem era onde os pais davam o exemplo e os filhos podiam ver que eles estavam usando a leitura, a escrita e a impressão na vida cotidiana.
Cerca de 20 profissionais aprenderam a teoria por trás do trabalho prático que realizam e como este pode beneficiar a alfabetização das crianças. Concordaram em adaptar o quadro e apresentar relatórios sobre a sua aplicação, como o adaptaram e o impacto.
A maioria afirmou que ajudou a promover muitas atividades, incluindo o reforço do reconhecimento dos pais relativamente ao comportamento de leitura em crianças bilingues de três e quatro anos, encorajando a fala em crianças de dois anos e incentivando os rapazes jovens e relutantes a começarem a comunicar através da escrita.
“Ficamos entusiasmados por ver como os profissionais dos primeiros anos envolvidos neste projeto estão levando as nossas ideias e desenvolvendo ainda mais para trabalhar com pais que têm filhos pequenos, para que possam ajudar a desenvolver o seu interesse pela alfabetização desde tenra idade”, disse a Professora Nutbrown.
A Professora Nutbrown ficou encantada ao descobrir que os primeiros 20 profissionais tinham partilhado a abordagem com cerca de 300 colegas, muito mais do que o previsto. Ela acrescentou: “Isso superou em muito as nossas expectativas e, no final do projeto, a nova abordagem atingiu mais de 6.000 famílias”.
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Até o próximo artigo.
Referências
Cathy Nutbrown. Family literacy project exceeds expectations. Economic and Social Research Council (ESRC). 6 September 2012.
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